Bananal Online

Traficante é preso vendendo maconha com selo de qualidade em Vila Velha

Uma operação do Departamento Especializado de Narcóticos (Denarc) resultou na apreensão de mais de 100 quilos de maconha no bairro Santa Paula, na região da Grande Terra Vermelha, em Vila Velha. A droga estava enterrada no quintal de uma casa. Um suspeito, de 24 anos, foi preso durante a ação. Segundo a polícia, a quadrilha da qual ele fazia parte vendia o entorpecente com uma espécie de selo de qualidade.

Selos usados pelos traficantes para atestar qualidade da maconha (Foto: Leone Oliveira)

De acordo com o titular do Denarc 2, delegacia que investiga o tráfico de drogas na região de Vila Velha, delegado Diego Bermond, a operação aconteceu na última segunda-feira (19). O serviço de inteligência levantou informações de que um dos suspeitos de integrar uma quadrilha com atuação em Terra Vermelha, identificado como Emerson Henrique Miguel, iria vender dois tabletes da droga para um outro traficante nas proximidades de um supermercado da região.

Antes do comprador chegar, os policiais prenderam Emerson. “Eles vendiam em grandes quantidades para outros traficantes, que vendiam a droga em pequenas porções aos usuários”, explicou Bermond.

Após a prisão, os policiais pediram que Emerson levasse a equipe até a casa dele. O imóvel é alugado e, no local, localizou mais dois quilos da droga, duas balanças de precisão e material para embalo do entorpecente. No entanto, segundo delegado, o cheiro de maconha na casa era muito forte e isso levantou suspeitas nos policiais, que também perceberam que a terra do quintal estava remexida.

“Os policiais cavaram e, após minutos de escavação, localizaram enterrados no quintal toneis azuis com mais de 100 tabletas da droga”, revelou Bermond.

Local onde a droga estava enterrada (Foto: Leone Oliveira)

Outro detalhe que chamou a atenção dos policiais foram algumas cartelas de adesivos que estavam na casa. Segundo o chefe do Departamento Especializado de Narcóticos (Denarc), delegado Fabrício Dutra, os adesivos na verdade são selos de qualidade que a quadrilha coloca no entorpecente.

“Eles tentam se organizar até de uma maneira rudimentar, colocando selo querendo expressar uma qualidade, mas qualidade nesse tipo de substância não existe. Essas substâncias levam pessoas a morte. Esse comércio do tráfico tentam trazer para a pessoa que compra uma garantia”, afirmou Dutra.

Os delegados explicaram que essa droga tem um efeito maior do que uma maconha comum e isso reflete no preço do entorpecente. Eles não revelaram valores, mas informaram que a droga apreendida era vendida com preço 50% acima da maconha comum.

Fonte: Tribuna

Sair da versão mobile