A polícia prendeu, na manhã desta quinta-feira (17), dois integrantes de uma organização que matava quem praticava crimes em quatro bairros de Cariacica.
Eles foram presos em casa, no bairro Maricara. Junio Cesar Ferreira, o Cara de Jaca, 37, e Ricardo Costa Silva, o Bodinho, 25, estavam dormindo quando foram surpreendidos pela polícia.
A participação deles e de um terceiro acusado, Marco Antônio Ferreira de Oliveira, o Marquinhos Gago, 28, que está foragido, foi comprovada pela polícia em um assassinato e em três tentativas de homicídio que ocorreram no ano passado. Além disso, eles são investigados em mais cinco inquéritos por outras mortes.
De acordo com a polícia, os três são bastante temidos nos bairros Antônio Ferreira Borges, Cariacica Sede, Prolar e Maricara, onde comandam o tráfico.
Crime
No dia 1º de janeiro de 2018, o trio foi avisado que quatro amigos, moradores de Nova Esperança, estariam roubando em Maricara. Os amigos estavam em uma cachoeira do bairro quando foram abordados pelos três traficantes, que colocaram os rapazes sentados no chão e executaram um deles, de 24 anos.
“Depois da primeira execução, os três sobreviventes começaram a correr. Um deles conseguiu fugir sem lesões, os outros dois foram atingidos”, contou o titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Cariacica, Eduardo Khaddour.
Por causa desse crime, eles vão responder por um homicídio consumado e três tentados.
Segundo o delegado, Cara de Jaca – que tem passagem por roubo em Minas Gerais – é mais temido dos três. Ele, junto com Marquinhos Gago – que soma em sua ficha passagens por porte de arma e tráfico -, era o chefe e quem articulava as ações do bando. Bodinho também tinha participação ativa nos homicídios.
As investigações dos crimes cometidos pela gangue continuam. A polícia acredita que existam outras pessoas envolvidas em outras ações da organização nos bairros que comandava, por isso, o delegado pede ajuda da população.
“Qualquer informação sobre os suspeitos pode ser passada pelo Disque-Denúncia (181) e é muito importante para as investigações”, finalizou Khaddour.
Fonte: Tribuna