A CPI, presidida pelo senador capixaba Magno Malta, vai realizar duas audiências no Estado, nesta quarta (23) e na próxima sexta-feira, As sessões vão começar às 10 horas, no Ministério Público Estadual (MP-ES)

O pastor Georgeval Alves Gonçalves e a pastora Juliana Sales foram convocados para serem ouvidos pela Comissão Parlamentar Interna (CPI) dos Maus-Tratos, do Senado Federal, na próxima sexta-feira (25), onde será realizada a audiência pública da comissão em Vitória.
Georgeval, conhecido como pastor George, é investigado por homicídio doloso, segundo os delegados que apuram a morte dos irmãos Kauã Sales Butkovsky, 6 anos, e Joaquim Alves Sales, 3. Os corpos dos dois foram encontrados carbonizados no quarto onde dormiam, no último dia 21 de abril, em Linhares, Norte do Estado.
O pastor está preso temporariamente desde o dia 28 de abril do ano em curso, para não atrapalhar as investigações.
O pedido de prorrogação da prisão dele foi solicitado pelo delegado Romel Pio, que comanda o inquérito, e foi aprovado pela Justiça nessa terça-feira (22).
A CPI, que é presidida pelo senador capixaba Magno Malta, vai realizar duas audiências no estado, nesta quarta-feira (23) e na próxima sexta-feira. As sessões vão começar às 10 horas, no Ministério Público Estadual (MP-ES).
“Vamos ouvir o pastor George e a mulher dele sobre o incidente de Linhares, no qual as crianças foram encontradas carbonizadas. Um crime que tomou proporções nacionais”, afirmou Malta.
Para ser ouvido na CPI, George deve ser buscado pela polícia no Centro de Detenção Provisória de Viana II, e conduzido até a sede do MP-ES, em Vitória. Não foi divulgado o esquema de segurança.
Na última segunda-feira (21), quando a morte dos irmãos completou um mês, cerca de 100 moradores realizaram uma manifestação colando cartazes e balões brancos na grade da casa onde as crianças morreram.
Convocações
Outros suspeitos de cometerem crimes graves contra crianças e adolescentes, como Ademir Lúcio Ferreira, 55, acusado de matar Thayná Andressa Prado, 12, também foram convocados pela CPI.
Por Leone Oliveira e Kananda Natielly Tribuna Online