“Eu entendo que prisão por trinta dias revele que algo de muito brutal aconteceu naquela residência”
Depois de mais um depoimento da mulher do pastor George Alves, Juliana Salles, o advogado criminalista e ex-presidente da OAB Linhares, Osvaldo Ambrósio Junior, disse que o tipo de prisão estabelecida ao pai dos garotos, Joaquim e Kauãn, mortos carbonizados, no último dia 21 de Abril, é para crimes considerados hediondos, citando duplo homicídio, por exemplo. “Eu entendo que prisão por trinta dias revele que algo de muito brutal aconteceu naquela residência. Existe uma postura jurídica que prevê prisão, por períodos menores para casos considerados mais simples, como apenas atrapalhar investigações. Não posso entender de outra forma. A polícia já descobriu coisas graves e quer embasar melhor o inquérito”, afirmou.
A morte das crianças foi constatada depois que o fogo atingiu o quarto em que eles dormiam. Até agora, foram recolhidos diversos objetos que podem servir para tocar as investigações. Ao ver as imagens de mais uma perícia, desta vez, no carro em que o pastor usava, Osvaldo Ambrósio reforçou ainda mais sua percepção.
“Ou a polícia cometeu um equívoco com a prisão temporária de 30 dias, ou ela corretamente pediu, o judiciário atendeu, porque foram detectados indícios fortíssimos de materialidade para crime considerado de grande potencial, ou, pesado demais.
A Décima Sexta Delegacia Regional de Linhares não deu maiores detalhes sobre o depoimento da pastora, mas anunciou que apreendeu o celular da mãe das vítimas. O depoimento durou cerca de três horas.
OUTROS DEPOIMENTOS
Nesta quarta-feira, outros depoimentos chamaram a atenção. Bombeiros que estiveram na casa e participaram da perícia foram ouvidos. As oitivas devem continuar até o fechamento do inquérito, o que já pode estar em fase final. A polícia mantém cautela e não deu detalhes deste depoimento. As informações são do site nortenoticia.com.br