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“Transplante pode salvar a minha vida”, diz médica que procura doador de medula óssea

Acostumados a darem um diagnóstico aos pacientes, os médicos lidam constantemente com diversos tipos de doenças. Porém, para a médica Ana Carolina Cavalieri Milanez, de 26 anos, a situação se inverteu. Em fevereiro, ela foi diagnosticada com uma doença rara: a anemia aplástica. Devido à doença, Ana tem procurado um doador de medula óssea que seja compatível para realizar o transplante. Por não ter um doador compatível na família, amigos e familiares têm se mobilizado nas redes sociais para ajudar a médica.
“Tenho usado medicação, mas o transplante é a melhor forma de salvar a minha vida”, disse a médica. Ana conta que descobriu a doença após ter um quadro de gastroenterite, com diarreia e vômito. Ela fez um exame de sangue e foi constatado que estava com um número baixo de plaquetas: “Precisamos ter, no mínimo, 150 mil plaquetas, e eu estava com 100 mil”, lembra.
A médica relata que, após se recuperar da gastroenterite, fez exames de rotina e constatou que o número de plaquetas continuava baixando. Após uma biópsia na medula óssea, foi constatada a doença. A anemia aplástica ocorre por uma substituição do tecido medular normal por tecido gorduroso e, portanto, não há formação adequada das células sanguíneas normais. De causa desconhecida, a doença é rara e pode ser grave.
Por causa dessa anemia, Ana Carolina precisou se afastar da residência em Psiquiatria, que realizava em Campinas, São Paulo. Hoje, a médica está em Vitória, na casa do pai, o médico Remegildo Gava Milanez, à espera do doador. “Tive uma queda grande de plaquetas, chegando a 20 mil. Estava com anemia, com os glóbulos brancos baixos, me sentindo cansada e não aguentando a rotina de trabalho, além da queda de cabelo e palidez”, relatou.
Ana Carolina tem usado um remédio oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Mesmo assim, não obteve melhora, sendo necessário o transplante. “Nosso apelo é para que as pessoas se cadastrem, pois alguém pode ser compatível com a Ana ou outra pessoa que esteja precisando. Ficamos tristes com o diagnóstico, mas temos fé”, afirmou Remegildo.
Doação
Medula óssea
•Matriz do sangue, fica na parte interna dos ossos. Na medula óssea, estão as células-mãe, que dão origem aos glóbulos vermelhos, brancos e plaquetas.
•Medula óssea não é o mesmo que medula espinhal (a medula espinhal fica no interior da coluna vertebral e transmite impulsos nervosos).
Quem pode doar
•Pessoas com idade entre 18 a 54 anos e com saúde em bom estado.
•Ao realizar o cadastro é colhido um tubo de sangue (5 ml) para o teste de compatibilidade. Não é preciso jejum.
•Quando surgir um paciente, a compatibilidade será verificada e, se for confirmada, o doador será convocado para decidir a doação.
Alguns locais
•Hemoes Vitória: Avenida Marechal Campos, Maruípe, Vitória. Funciona todos os dias, das 7h às 18h20 . Tel: 3636-7900/7920/7921.
•Hemoes Serra: Avenida Eudes Scherrer Souza (anexo ao Hospital Dório Silva). Funciona de segunda a sexta-feira. Os horários podem ser consultados pelos telefones: 3218-9429/ 3218-9242.
•Hemoes de Linhares: Avenida João Felipe Calmon, Centro (ao lado do Hospital Rio Doce). Funciona de segunda a sexta-feira, das 7h às 12h30. Tel: 3264-6000/ 3264-6019.
Fonte: Tribuna Online
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