Os golpistas de Whatsapp estão de olho em prefeitos do Espírito Santo. Só nesta semana, três casos envolvendo chefes de executivos municipais foram registrados pela polícia. O prefeito Ângelo Antônio Corteletti (Brizola), de Águia Branca, região Noroeste do Estado, é vítima mais recente do golpe.
Ele informou, por meio de uma rede social, que teve o celular clonado. Outros dois prefeitos, de Anchieta e Santa Teresa, tiveram o mesmo problema.
Brizola disse que estava na prefeitura e o celular ficou três horas fora de área e seus contatos receberam uma mensagem através do aplicativo de mensagens do WhatsApp.
Na publicação, o prefeito informou que só percebeu a situação quando foi questionado pelas pessoas e procurou a Polícia Civil para fazer o registro da ocorrência.
Brizola pediu para que as pessoas que recebessem as mensagens deveriam desconsiderá-la, e não repassar qualquer informação. O conteúdo da mensagem não foi informado pelo prefeito. A reportagem tentou, mas não conseguiu falar com Brizola.
A Polícia Civil de Águia Branca confirmou o registro da ocorrência, mas informou que não poderia fornecer mais detalhes, já que o delegado havia encerrado o expediente.
Prevenção
A orientação da polícia para se prevenir deste golpe é fazer a atualização de segurança do Whatsapp, chamada de verificação em duas etapas. O passo a passo é o seguinte:
Abra o app do WhatsApp;
Acesse as “Configurações” do app;
Toque na opção “Conta”;
Toque na opção “Verificação em duas etapas” e clique no botão “Ativar”.
Informe uma senha numérica de 6 dígitos, e repita a digitação.
É possível informar uma conta de e-mail para a recuperação da senha, mas é uma etapa opcional. Mas se não for cadastrada uma conta de e-mail para recuperação e a senha for perdida, a conta do WhatsApp não poderá ser cadastrada novamente e ela será perdida definitivamente.
A polícia explicou que ao fazer esse procedimento, mesmo que alguém clone o chip, a pessoa não terá acesso a essa senha. Quem for vítima deste golpe deve procurar a DRCE para fazer o registro de ocorrência. “Alguns casos já estão em investigação pela delegacia, mas não passaremos mais detalhes para não prejudicar as investigações”, afirmou Dematté.