Por meio das redes sociais, Thiego Amorim anunciou que não pertence mais ao quadro dos funcionários e diz que ‘a luta continuará’
Em conversa com o Correio, Thiego contou que a demissão aconteceu no sábado (12/1). “Quando entrei na loja pela manhã, ela [a proprietária] já estava me esperando para assinar a carta de demissão”, relatou. “Foi uma censura. Em momento algum, ela [a ministra] foi tratada mal”, acrescentou.
Em meio à polêmica sobre a fala de Damares, onde ela invoca uma “nova era” onde “meninos vestem azul e meninas vestem rosa”, a ministra esteve na loja onde Thiego trabalhava.
A chefe da pasta usava uma roupa de cor azul, o que levou o rapaz a fazer uma filmagem e divulgar nas redes sociais. A parte do vídeo que viralizou mostra Damares, saindo do estabelecimento, dizendo-se
O vídeo viralizou nas redes sociais em pouco tempo. Em resposta a comentários feitos na internet, a loja disse que “nenhum tipo de preconceito ou falta de respeito é aceito. Prezamos que todos os nossos clientes, sem distinção, sejam atendidos com respeito, simpatia, prestatividade e educação. Estamos resolvendo essa questão de forma clara e humana com os envolvidos, buscando compreender melhor todo o contexto (não publicado) do vídeo”, afirmava.
“Esclarecemos ainda que o ocorrido já está sendo usado como uma oportunidade para reforçar, ainda mais, nossos valores com todos os funcionários. Levantamos a bandeira da paz, do amor e do respeito”, prosseguiu a loja nas redes sociais.
Apesar da demissão, Thiego diz não se arrepender da atitude e relata já ter recebido outras propostas de trabalho. Em relação à “luta” que mencionou na publicação, o rapaz afirma que precisa continuar de “cabeça erguida” já que agora representa minorias que se viram representadas nele: “Já luto todos os dias, muito antes disso acontecer, pelo fato de ser negro, gay e não ser rico. Essa luta que está acontecendo comigo é só mais uma”.
A reportagem procurou a loja para comentar sobre a saída do funcionário, mas nenhuma ligação foi atendida até a publicação desta matéria.
Grampo
Durante a conversa por telefone, Thiego afirmou que seu número de celular havia sido grampeado. A suspeita, segundo ele, veio por conta de as ligações estarem com eco — o que foi verificado pela reportagem. De acordo com o rapaz, seu advogado está tratando da situação.
Fonte: em.com.br