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Vizinhos de loja que pegou fogo na Vila Rubim vão aos imóveis pegar pertences e lembram caso

Na tarde desta terça-feira (24), moradores do prédio interditado na VIla Rubim, em Vitória, entraram em seus imóveis para retirar alguns pertences. A ida até os apartamentos fez com que lembrassem do incêndio que atingiu uma loja de couros na última sexta-feira (20). Até agora, 70 pessoas estão desalojadas.

Depois de o incêndio ser completamente extinto, os prédios ao redor da loja atingida foram verificados pela Defesa Civil e os moradores tiveram permissão para ir até os imóveis buscar os pertences quatro dias depois do ocorrido. O acesso não foi permitido por mais tempo porque os prédios estão sem fornecimento de energia elétrica.

O autônomo Pedro Vítor é um dos 70 desalojados. Ele está na casa da namorada e diz que passou momentos de sufoco na última sexta-feira. “Eu tinha acabado de chegar do serviço e deitei na minha cama. Quando olhei para o céu, vi a nuvem preta vindo, tampando o prédio todo. Foi quando peguei minha mãe e minha sobrinha e descemos correndo”.

O rapaz ajudou a retirar os vizinhos do prédio. “Bati na porta do meu vizinho para alertar, para falar que o fogo estava pegando na parte de trás do prédio. Foi quando a gente desceu correndo e aí subi novamente paga pegar meus chinelos e meu celular para poder me comunicar. Foi quando eu vi uma senhora descendo com três crianças eu ajudei elas a descerem”.

Já o pedreiro Elias Rodrigues estava trabalhando quando o incêndio aconteceu. Quase todos os pertences ainda estão no apartamento, no prédio ao lado do imóvel incendiado. No sábado (21), teve pouco tempo para retirar algumas coisas. “Foram 10 minutos que eles deram para a gente tirar as coisas. Em 10 minutos a gente fica igual doido, né? Tira tudo e falta um monte de coisa ainda. Depois que acalmou mais, os bombeiros deixaram a gente tirar um pouco mais. Peguei só roupa, remédio e o que mais precisava”, contou o pedreiro.

Elias já procura outro apartamento para alugar. Segundo ele, mesmo que o imóvel fosse liberado pela Defesa Civil, não voltaria a morar no local. “Fica o trauma, todo mundo fica preocupado. Qualquer barulho diferente eu não ia ficar bem”.

Fonte: Folha Vitória

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