Não há prazo e isso somente ocorrerá após a mineradora Vale conseguir laudo de auditoria de empresas especializadas contratadas ou que assim concluam as vistorias feitas hoje
Para que as 42 famílias evacuadas da região de São Sebastião das Águas Claras possam retornar às residências e retomar suas atividades, é preciso que seja garantida a estabilidade da barragem B3/B4 da Mineração Mar Azul, em Nova Lima, na Grande BH. A informação foi confirmada em uma entrevista coletiva na tarde deste domingo.
“A partir do momento que tivemos a elevação de segurança da barragem do nível 1 (condição estável) para o nível 2 (estado de risco de rompimento) foi iniciado esse trabalho. Na situação de alerta de nível 2 as pessoas não podem voltar para casa. A liberação para retornar ocorre apenas quando a operção voltar ao nível 1. Isso depende de a barragem atender aos critérios técnicos para que seja rebaixado o risco”, afirma o coordenador da Defesa Civil Estadual, capitão Herbert Aquino.
Não há prazo e isso somente ocorrerá após a mineradora Vale conseguir laudo de auditoria de empresas especializadas contratadas ou que assim concluam as vistorias feitas na manhã de hoje pela Agência Nacional de Mineração e Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad).
Segundo o capitão Herbert Aquino, da Defesa Civil Estadual de Minas Gerais, as mineradoras precisam ter um mapeamento de inundações para que, em caso de ocorrer um rompimento, se possa saber quais áreas serão atingidas. Esse mapa é que deu origem a todo o plano de evacuação. “As sirenes alertaram a população e as defesas civis municipal, estadual, os bombeiros e a PM se deslocaram para garantir a execução desse plano e fazer a retirada das pessoas em áreas ameaçadas.
Era previsto que 200 pessoas fossem evacuadas, mas até agora, 110 se cadastraram, das quais 42 estão abrigadas. “Muitas pessoas acabam procurando casas de familiares e de amigos, por elas próprias, e por isso não foram contabilizadas. É importante frizar que as equipes das defesas civis estão fazendo varreduras para garantir que ninguém permaneça nas áreas de perigo”, disse o coordenador da Defesa Civil Estadual, capitão Herbert Aquino.