Com 80 creches administradas pelo Governo Federal, o Espirito Santo pode ter 55 delas, que ainda não estão concluídas, repassadas a empresas privadas.
A informação de que o governo estuda conceder à iniciativa privada um portfólio de mais de mil creches em todo o Brasil, cujas obras não estão finalizadas aconteceu durante a entrevista da secretária especial do Programa de Parcerias de Investimentos, Martha Seillier ao Estadão/Broadcast.
De acordo com a secretaria, na falta de recursos públicos para finalizar esses empreendimentos, a ideia é atrair um parceiro para acabar as obras, tocar a operação das creches e ofertar as vagas. Caberia ao governo comprar parte dessas vagas, como compensação aos investimentos feitos, e redistribuí-las à sociedade.
Ainda segundo ela, por enquanto, todos os modelos estão na mesa: a empresa privada poderia tanto vender 100% das vagas ao governo ou apenas parte delas, colocando as demais no mercado. Para Martha, o governo enxerga uma vantagem na oferta de vagas diretamente ao mercado à medida que isso garantiria uma preocupação com a qualidade do serviço ofertado.
A secretária também destacou ainda que a decisão do governo não tem relação com um possível problema gerencial nas creches públicas, mas por uma avaliação de custo de oportunidade, à medida que essas obras estão paradas e não há recursos para terminá-las.
A intenção de conceder creches públicas foi anunciada, na semana passada, pelo ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, que também afirmou que o governo estuda fazer o mesmo com Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). Esse assunto, no entanto, está ainda em fase de conversa preliminar com o Ministério da Saúde.
Sedu
Por meio de nota, a Secretaria de Estado da Educação (Sedu) informa que essa é uma decisão do Ministério da Educação (MEC) e que não se manifestará por não ter mais detalhes sobre o assunto.
Fonte: ES HOJE