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‘Ou fala ou os dois morrem’: pais inocentados após morte de filho denunciam coação da Polícia Civil

Imprensa Redação por Imprensa Redação
27 de outubro de 2021
em Polícia

Perícia apontou que manchas no corpo da criança foram causadas por meningite. Luane Monique de Moura Silva e Adeildo Souza da Silva ficaram presos por quase três anos por morte do menino. A Polícia Civil informou que a Corregedoria vai apurar o caso.

Os pais da criança de 5 anos, que morreu em Dores do Rio Preto, no Sul do Espírito Santo, que ficaram presos suspeitos de terem matado o filho disseram, nesta terça-feira (26), que foram coagidos pela Polícia Civil e ameaçados de morte para que confessassem o suposto crime. A Polícia Civil informou que a Corregedoria vai apurar o caso.

O casal, Luane Monique de Moura Silva e Adeildo Souza da Silva, ficou preso por 2 anos e 7 meses por suspeita de homicídio, omissão e tortura do filho Artur Moura Silva.

Na época, o inquérito da Polícia Civil enviado ao Ministério Público do Espírito Santo (MPES) apontava que o pai teria agredido o filho com socos e chutes. O laudo da perícia, apresentado durante o Júri Popular, em setembro deste ano, comprovou que Arthur não morreu vítima de agressão, mas por meningite. As manchas pelo corpo foram causadas pela doença. O MPES afirmou que a prisão “foi um erro”.

“Na hora que estavam pegando o depoimento dele [o marido], o delegado colocou uma pistola em cima da mesa e falou: “se você não confessar e não falar o que eu quero fale, que eu estou escrevendo, eu te mato aqui agora. Ou fala, ou vocês dois morrem aqui dentro”, denunciou Luane.

Adeildo revelou que disse para a polícia que não tinha agredido o filho, mas confessou as agressões depois de ser ameaçado pelo delegado.

“Ele [o delegado] disse “o senhor fez isso”. Eu disse “não fiz isso não, senhor”. [O delegado disse] “não, você fez isso e aquilo”, que eu não vou citar aqui a palavra que ele citou lá. Eu só abaixava a cabeça e ele falava “nós vamos levar ele [Adeildo] para um quartinho e vamos arrebentar ele”, relembrou o pai da criança.

Casal não enterrou filho

Luane e Adeildo foram soltos em março deste ano. O casal não pôde ir ao velório e enterro do filho. Eles só visitaram o túmulo do menino três anos depois da morte dele, no dia do enterro da mãe do Adeildo.

“Ajudei a levar o caixão da minha mãe e, na hora em que eu olhei para a cova, eu falei “meu Deus do céu, onde meu filho foi enterrado”. Ali eu me despedi dele. Foi doído demais”, reviveu o pai.

O caso

Arthur foi levado pela mãe para o Pronto Socorro de Guaçuí, no Sul do Espírito Santo, no dia 15 de agosto de 2018. Ele estava com febre alta, vômito, falta de apetite, diarreia, convulsões e manchas no corpo.

Antes de levar o filho ao médico, Luane contou, na época, que tinha ido a um centro espírita para que fizessem uma oração pela criança. Como o filho não melhorou, ela pediu uma ambulância e levou Arthur para ser atendido por um profissional.

Por causa das manchas no corpo da criança, a equipe médica chamou a Polícia Militar, que encaminhou o casal para a Delegacia de Alegre. A criança morreu e os pais foram presos suspeitos de agressão.

Na época, a Polícia Civil de Alegre, onde o caso começou a ser investigado, informou que Adeildo confirmou ter batido no filho e disse que escutava vozes para agredi-lo. Também em depoimento, Luane disse que não denunciava as agressões do marido porque era ameaçada por ele. O casal, porém, revelou que foi coagido pela polícia e obrigado a mentir.

O Ministério Público do Espírito Santo reconheceu que o casal era inocente e não deveria ter sido preso. Para o MPES, ocorreram erros durante as investigações feitas pela Polícia Civil, que começaram na delegacia de Alegre e foram concluídas na delegacia de Dores do Rio Preto.

Segundo a promotoria, o inquérito levou a uma conclusão que não condiz com a verdade, fazendo com que o casal ficasse preso por tanto tempo.

“Eu só tenho que agradecer. Eu só agradeci. “Deus, obrigado por me tirar desse lugar, porque o Senhor sabia que a gente não tinha feito nada com o nosso filho”. Agora é seguir a vida. Tentar apagar isso da mente – o que não é fácil. Tanto faz o tempo que ficamos presos, a saudade do Arthur nunca vai passar. Mas é tocar a vida em diante. Graças a Deus, não devo nada para a Justiça. Nem eu, nem meu esposo” , declarou Luane.

 

Coação será apurada

 

O delegado-geral da Polícia Civil, José Darcy Arruda, informou que o caso será revisto na Corregedoria da Polícia Civil. Arruda, no entanto, alega que o casal não foi forçado a coagir e nem a mentir.

“Nós não estamos falando da polícia dos anos 1940. Nós não estamos falando de uma polícia da época da ditadura. Nós estamos falando de uma polícia que é toda ela formada no estado democrático de direito, o delegado de polícia é formado, ele tem formação jurídica. Eu acho muito difícil que isso tenha acontecido. Pode até ser que, o pai, levado por uma pressão popular, tenha falado alguma coisa nesse sentido. Mas ele ser obrigado, ou ele ser forçado, acho muito temerário, muito difícil disso acontecer”, argumentou Arruda.

Fonte:G1ES.

Tags: AlegreDores do Rio PretoGuacui

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