A suspeita é que alimentos envenenados teriam sido jogados para os animais
A ONG Animais Carentes, é uma associação em defesa de proteção aos animais, anunciou nesta sexta-feira (1º) o fechamento de seu canil, localizado no bairro Barramares, em Vila Velha. O grupo decidiu encerrar as atividades após a morte de sete cães por envenenamento. A suspeita é que alimentos envenenados teriam sido jogados para os animais.
A informação foi divulgada pelo grupo em sua página nas redes sociais e causou grande comoção entre os internautas. O abrigo abriga hoje cerca de 230 cães e 50 gatos, que podem parar nas ruas com o encerramento das atividades.
Até chegar a decisão de fechar o abrigo, a associação enfrentou diversos problemas com os moradores da região. Diante do alto barulho produzido pelos animais, diversos vizinhos fizeram reclamações e pediram a saída do grupo. Paralelo às queixas, o local chegou a ser alvo de vandalismo, quando pedras foram atiradas em direção ao abrigo, quebrando telhas e ferindo animais.
De acordo com o veterinário do abrigo, Ektor Almeida, pelo menos sete cães morreram envenenados nos últimos dias. “Não podemos acusar ninguém, mas eram animais que – até poucos dias – estavam sadios e amanheceram envenenados no dia seguinte. Diante disso, nós entendemos que era o momento de encerrar as atividades”, contou.
Diante deste quadro, a Animais Carentes anunciou que só fica no atual imóvel até o dia 30 de junho. “É uma decisão inicial. São dez anos de trabalho sendo realizado aqui. O ideal seria ir para outro imóvel, mas ainda não pensamos a respeito. Só não temos condições de continuar lá”, disse.
Nos últimos meses, o abrigo foi o responsável por receber 27 cachorros, que eram criados em condições precárias na Serra, e outras dezenas de animais que estavam abandonados na Ilha da Fumaça, em Vitória. Todos os animais, além de muitos outros, foram tratados, ressocializados e, grande parte deles, foi adotado por famílias capixabas.
“Quem puder adotar estes animais, irá nos ajudar bastante. Serão menos animais que, a partir de julho, acabarão ficando sem local certo para ficar”, explicou.