Depois de falar que estaria disposto a debater redução de imposto, governador subiu o tom. Ele afirmou que o presidente sabe que não tem como zerar cobrança de impostos sobre os combustíveis, e que criou um “factóide”
Após dizer nas redes sociais e em vídeo que o governo do Espírito Santo estaria disposto a debater “de forma técnica, equilibrada e responsável” uma fórmula para a redução do preço dos combustíveis</a>, o governador Renato Casagrande (PSB) subiu o tom. Em entrevista para a coluna Painel, do jornal Folha de S. Paulo, o socialista afirmou que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) estaria blefando sobre a possibilidade de corte nos tributos que incidem sobre os combustíveis.
Ao jornal, o governador capixaba disse que Bolsonaro “sabe que não tem como executar” esse corte tributário e que por isso ele “cria uma discussão superficial, sem amparo nos números reais”. As declarações foram dadas à coluna em Brasília, onde Casagrande participou de uma reunião com o ministro da Economia, Paulo Guedes, sobre auxílio financeiro para reconstrução de cidades afetadas pelas chuvas de janeiro.
“Não podemos produzir factóides para enfrentar factóides, temos que ter responsabilidade com a população […] (Isso) é um blefe”, disse Casagrande à Folha. “Se alguém tem que tomar a iniciativa, então ele que comece”, afirmou. Ao jornal, o governador declarou ainda que, no caso do Espírito Santo, o ICMS que incide sobre os combustíveis representa 10% da arrecadação estadual.
Casagrande tinha feito um discurso mais brando em um vídeo divulgado pela assessoria do governo e em uma publicação no Twitter. Ele havia afirmado que o Estado estaria disponível para discutir medidas que possibilitem uma redução do preço nas bombas, que se colocava “inteiramente à disposição” para a discussão, mas que estava “esperando um primeiro passo do governo federal”.
Assista ao vídeo:
Fonte: FA