“Conheço Judinho (Hermenegildo) desde que eu era pequeno. Mas me afastei dele e voltei a falar com ele há uns 30 dias.
O pai do advogado (como era conhecido Hilário por ser formado em Direito) procurou Judinho para matar a mulher (Milena). Há 30 dias, Judinho me disse que ele tinha se separado da mulher.”
Judinho deu revólver
“Quando fui buscar a moto usada no crime, Valcir falou que o mandante era o pai do advogado que tinha mandado matar a mulher. Judinho me entregou um revólver calibre 38 municiado para executar a vítima no dia do crime.”
Quinta-feira: o dia certo
“Judinho e Valcir disseram que (Milena deveria ser morta) numa quinta-feira. Consegui uma moto com meu cunhado Bruno — que conseguiu roubando ela cerca de 20 dias antes do crime. Bruno sabia que a moto era para o crime.”
Fingiu que era assalto
“Fui primeiro para meu serviço em Maria Ortiz e trabalhei como ajudante de pedreiro até 18h30. Por volta das 18h, Judinho me ligou e falou: ‘Já tô indo para lá que o cavalo está na baia’. No sábado anterior, Judinho e Valcir falaram que o local do crime era o hospital. Fui até a portaria de baixo.
Estacionei a moto perto da casinha. Judinho falou: ‘Assim que o cavalo passar eu vou mostrar quem é para você simular assalto’. Judinho e Valcir foram ver se o carro dela estava no local e deixaram um matinho próximo (para marcar).
Eles mostraram quem era a vítima, tratando-se de uma mulher loira, magra, com jaleco branco. Eu desci até onde tinha o refletor e comecei a mexer no celular acendendo o visor. Reparei que elas olharam para mim.
A vítima abriu o porta-mala e colocou a bolsa e então cheguei abordando. Puxei a arma da região da cintura dizendo que era um assalto: ‘Me passa tudo e entra para dentro do carro’.
A amiga da vítima tentou correr, e nisso a vítima deu o celular e a chave. Logo atirei nela. Dei cerca de dois a três disparos. Montei na moto e fui em direção a Maria Ortiz. Passei pela Casa do Cidadão e joguei o celular dela para o lado esquerdo.”