Em uma vistoria técnica realizada na manhã desta sexta-feira (20) no Hospital Geral de Linhares (HGL), representantes do Conselho Regional de Medicina (CRM-ES) e do Sindicato dos Médicos do Espírito Santo (Simes), o principal problema da estrutura administrativa do hospital, é de gestão, sobretudo no que se refere à administração dos recursos financeiros.
“É problema de gestão, gestão de quem mexe com o dinheiro. É necessária uma intervenção imediata no financeiro e no setor de pessoal”, declarou o presidente do Simes, Otto Baptista.
A comissão chegou no HGL por volta das oito horas. Encontrou as áreas destinadas ao público lotadas, com muitos pacientes se queixando da demora no atendimento.
Nos corredores do hospital, totalmente congestionado, um quadro caótico, com doentes sobre macas e até sentados no chão. Entre as deficiências relacionadas, o presidente do CRM-ES, Carlos Mago Pretti, destacou a precariedade das áreas destinadas à entrada de pacientes no hospital.
Segundo os representantes do Simes e do CRM-ES, os salários pouco atrativos e a falta de uma melhor estrutura de atendimento, como a sobrecarga de trabalho, se constitui em fator de desânimo para os médicos.
Em entrevista concedida à TV Gazeta Norte do diretor do HGL, Valdir Massucatti, que é um contador, disse que o município está buscando uma parceria com o Governo do Estado, visando garantir recursos financeiros para melhor estruturação do estabelecimento. “O Estado está ciente que precisa ajudar”, disse.
Em relação à denúncia feita pelo presidente do Simes de que o problema do hospital está relacionado com a má gestão dos recursos financeiros, Valdir Massucatti afirmou que paga aos médicos, clínico e pediatra, R$ 3 mil por um plantão de 24 horas.
Disse ainda que o município investe mais de 30 % com o setor de saúde, quando a lei determina 15 %. Afirmou que o principal problema está relacionado com a superlotação, uma média, segundo ele, de 700 pacientes por dia.