A alternativa para fugir do congestionamento no trânsito da Grande Vitória está cada vez mais sobre duas rodas. Tanto que a região metropolitana já conta com cerca de 300 mototaxistas, mesmo o serviço sendo considerado ilegal pelas prefeituras.
A procura pelas corridas – assim como o número de profissionais – vem crescendo a cada ano desde 2012, quando as primeiras motos começaram a rodar, segundo o presidente do Sindicato dos Mototaxistas do Espírito Santo, Luciano Santana.
Uma lei federal em vigor desde 2009 regulamenta o exercício da atividade de mototaxista para o transporte de passageiros e determina algumas regras, como ter mais de 21 anos e ser habilitado há pelo menos dois anos. O problema é que o serviço precisa ser regulamentado pelas prefeituras, o que ainda não foi feito em nenhuma cidade do Estado.
“Por conta disso, muitos ainda trabalham no anonimato, enquanto outros desistem por medo”, afirmou Luciano Santana. Mesmo sem regulamentação, o serviço tem se popularizado, principalmente na periferia e nas regiões de morro da Grande Vitória. “Geralmente, circula onde o ônibus não vai”, ressaltou Santana.
Não há ponto fixo para utilizar o serviço, que geralmente é demandado através do telefone ou por passageiros frequentes. Por medo de represálias, o presidente do sindicato não divulga os locais mais comuns de embarque e desembarque, mas diz que as motos circulam sempre “na periferia”.
Assim como os pontos, o valor da tarifa também varia e não é tabelado. Apesar disso, costuma seguir uma média: R$ 5 para trajetos mais curtos, principalmente dentro dos bairros ou no município de Vitória, e R$ 10 entre uma cidade e outra, como Cariacica-Vila Velha.
Fonte: Tribuna