Em entrevista coletiva concedida na tarde desta quarta-feira (20), a promotora Rachel Tannembaun, falou sobre os indícios que levaram o Ministério Público a pedir a prisão da pastora Juliana Sales, mãe dos meninos Kauã e Joaquim, mortos no dia 21 de abril.
“Com as diligências, colhemos provas contundentes que ela tinha pleno conhecimento do desvio de caráter do marido, da relação conturbada que ele tinha com a própria sexualidade e do menosprezo com o qual ele tratava tantos os filhos quanto o enteado Kauã”, disse a promotora.
Segundo ela, por ter sido omissa, Juliana vai responder pelos mesmos crimes cometidos pelo marido, o pastor Gerogeval Alves.
“Tendo pleno conhecimento dos riscos que as crianças estavam submetidas ao serem deixadas sob cuidados exclusivos do Georgeval, a Juliana, no dia anterior aos fatos, viaja para a cidade de Teófilo Otoni, para um encontro da igreja com as amigas do grupo de dança profética e deixa Kauã e Joaquim com Georgeval. No ordenamento jurídico brasileiro, uma omissão de uma mãe que tem o dever legal de zelar, cuidar e proteger, tem o desvalor equivalente a uma ação. Ela tinha conhecimento do risco e podia evitar esse resultado trágico que ocorreu com as crianças e ela não evitou. Ela responde com a omissão dela, pelo mesmo crime de quem executou tanto os estupros quanto os homicídios. Por isso que a juliana hoje é formalmente ré. O Ministério Público, com o oferecimento da denúncia, pediu a prisão preventiva tanto da Juliana, quanto do Georgeval”, explicou. As informações são do site Tribuna Online/ Foto: Gazeta Online