A decisão ocorreu após a juíza Eliana Ferrari Siviero acolher uma denúncia do Ministério Público do Espírito Santo (MP-ES).
A decisão ocorreu após a juíza Eliana Ferrari Siviero acolher uma denúncia do Ministério Público do Espírito Santo (MP-ES), que atribuiu aos policiais denunciados Fábio Braga Araújo e Jesse de Oliveira Soares a responsabilidade pelas mortes de Renan Xavier da Silva – um jovem morador do bairro que, segundo a PM, participava do confronto – e do aposentado.
“Segundo consta dos autos, os denunciados Fábio Braga Araújo e Jesse de Oliveira Soares, em tese, com a intenção de matar, teriam perseguido a vítima Renan da Silva Xavier, o qual teria adentrado em uma residência, na qual, em tese, os denunciados Fábio Braga Araújo e Jesse de Oliveira Soares o teriam executado”, diz a decisão, que defende ainda que com os tiros disparados, os dois assumiram o risco de matar outras pessoas, como aconteceu com o aposentado.
Além de homicídio qualificado, eles também foram denunciados por fraude processual.
Em relação aos outros dois policiais envolvidos, Felipe Klabunde Capetini dos Santos e Gildo José Zambi Júnior, que também foram denunciados, a juíza Eliana pediu mais provas ao MP sobre a atuação deles.
Viúva do aposentado
A posentada Maria Helena dos Santos disse que não ficou suspresa com a decisão.
“Tudo indicava que tinha sido a polícia mesmo que matou, pelas informações que chegaram. Todo mundo na rua me falava como tinha sido, que não tinha sido o rapaz aqui do bairro. Meu coração continua partido com a dor de sempre, sentido falta do meu marido, mas melhorou um pouco agora porque veio a verdade”, disse.
Polícias
A Polícia Civil informou, por meio de nota, apenas que o inquéritodo caso já foi concluído e remetido a Justiça. Disse que não irá comentar sobre o caso, pois se trata de um processo judicial que já está em andamento.
Já a PM disse que o processo referente aos policiais segue em andamento pela Justiça Militar e que não vai comentar o caso.
O caso
O aposentado Nelson Ghisolfi, de 66 anos, participava de um culto realizado dentro da própria residência, com amigos e familiares, quando houve uma troca de tiros, segundo a polícia.
Na época dos fatos, o corregedor da PM, coronel Martinelli, explicou que a situação começou quando um dos PMs envolvidos, que estava de folga, ligou para colegas ao perceber a presença de suspeitos.
“A guarnição foi acionada pelo telefonema de um policial. Existe um quinto PM envolvido, mas ele não foi autuado porque era o motorista da viatura e de fato não saiu do carro durante o evento”, falou o corregedor, na época.Fonte.G1ES.