No vácuo puxado por uma atuação conservadora e alianças inseguras formadas ao longo do mandato, o senador Magno Malta(PR) percorre o interior do Estado e tenta articular acordos que resultem em ampliar seu cacife para a reeleição, até o momento muito reduzido.
Suas investidas ainda não renderam o capital necessário e, principalmente, a formalização de chapa de candidatos a deputado federal, base para impulsionar seu projeto, o que agrava a situação.
Até agora, ele conta somente com o nome da esposa, a cantora gospel Lauriete, do mesmo partido, para disputar uma vaga na Câmara dos Deputados. Magno precisa de mais um nome na disputa para federal, campo essencial para puxar votos.
Com esse objetivo, ele mantém contato com o deputado estadual Gilsinho Lopes, mas, segundo o mercado político, dificilmente obterá sucesso. O deputado tem o apoio de pelo menos 20 prefeitos e é alvo de cobiça de outros partidos com maior densidade eleitoral.
Em baixa junto ao seu eleitorado cativo, em especial o público evangélico, o senador se notabilizou por liderar campanhas de grande apelo popular que o tornou conhecido nacionalmente. Em contrapartida, amarga a redução de seu eleitorado no Espírito Santo.
Nos bastidores, a constatação é que a trajetória de Magno em 2018 tende a permanecer minguada de densidade eleitoral. Depois de desfeita a dobradinha com o senador Ricardo Ferraço (PSDB), o senador não conseguiu mais reunir nomes capazes de alavancar sua candidatura.
Seus esforços, de acordo com observadores da cena política, o motivam a tentar acordo com o apresentador de TV e deputado estadual, Amaro Neto (SD), que por muito pouco não derrotou o prefeito Luciano Rezende (PPS) nas eleições municipais de 2014 em Vitória.
Dono de um capital político invejável na Grande Vitória e bem cotado em abordagens internas, Amaro também é candidato ao Senado e disputa o mesmo eleitorado de Magno, formando um quadro sombrio para o senador do PR, que já está em seu terceiro mandato.
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