A campanha Junho Vermelho busca chamar a atenção para a importância da doação regular de sangue
Diante do cenário de estoque baixo nos bancos de sangue, a Campanha Junho Vermelho, organizada pelo Movimento Eu Dou Sangue, veio alertar a população para a importância de ser um doador (a). Porém, segundo o Hemocentro do Estado do Espírito Santo (Hemoes), mesmo tendo aderido a ideia, o Estado apresentou uma queda nas doações de 17,87%.
O mesmo aconteceu no Paraná, onde a redução foi de 1,46%, de acordo com o Centro de Hematologia e Hemoterapia (Hemopar).
Para Debi Aronis, idealizadora do Movimento Eu Dou Sangue, junho é o marco da campanha, justamente por ser o mês em que os estoques mais caem, mas as pessoas precisam se conscientizar de que essa é uma ação para o ano todo. “Doar sangue precisa se tornar um hábito do brasileiro. E continuar falando sobre isso, seja nos círculos familiares ou entre os amigos, estimula a doação nos demais meses, não só em junho, pois, mesmo com todo nosso esforço, nem sempre conseguimos alcançar a todos.
Diana Berezin comenta também que as doações feitas durante a campanha não garantem o nivelamento de estoque dos hemocentros. “Procuramos sempre conscientizar e destacar a importância da doação de sangue. Curitiba, por exemplo, aderiu ao Movimento Eu Dou Sangue e iluminou prédios públicos de vermelho, mas não foi suficiente para levantar os estoques do Estado”, destaca. “Doar precisa ser, sempre, um ato de cidadania, de preferência o ano todo.”
Porém, outros Estados brasileiros alcançaram bons números. No Piauí, o Centro de Hematologia e Hemoterapia (HEMOPI) o aumento foi de 20%; no Centro de Hemoterapia e Hematologia de Mato Grosso do Sul (HEMOSUL), houve um aumento de 12%; em Santa Catarina, o Centro de Hematologia e Hemoterapia relatou um crescimento de 8,58%; e em São Paulo, a Fundação Pró-Sangue teve um aumento de 3%. O levantamento considera as doações de sangue realizadas no mês de junho de 2018, em comparação com o mesmo mês de 2017.
Junho Vermelho
A campanha Junho Vermelho busca chamar a atenção para a importância da doação regular de sangue. A ideia surgiu em 2011, quando as irmãs Debi Aronis e Diana Berezin lançaram o Movimento Eu Dou Sangue no estado de São Paulo, motivadas por um episódio familiar. No ano passado, a iniciativa foi promovida a Lei Estadual em São Paulo. A açãojá foi alçada à categoria de lei em vários Estados e cidades do Brasil