Os dois motoristas, de 34 e 22 anos, envolvidos no acidente que matou um casal na Terceira Ponte, na Grande Vitória, por volta de 1h30 desta quarta-feira (22), estão detidos e prestam depoimento na Delegacia Regional de Vitória. As vítimas estavam em uma moto quando foram atingidas pelos dois carros.
Os motoristas são o advogado Ivomar Rodrigues Gomes Júnior, de 34 anos, e o estudante de engenharia Oswaldo Venturini Neto, de 22 anos. Eles não quiseram falar com a imprensa.
Testemunhas contaram para a Polícia Militar, Ivomar e Oswaldo participavam de um racha. O caso é investigado pela Polícia Civil e ainda não há informações sobre as investigações.
O acidente
A moto seguia sentido Vitória, quando foi atingida por um dos carros. As vítimas, o motoboy Kelvin Gonçalves dos Santos, de 23 anos, e a namorada dele Brunielli Oliveira, de 17 anos, foram arremessadas e atingidas por um segundo carro. O casal morreu na hora. A motocicleta ficou completamente destruída.
Os dois motoristas dos carros se recusaram a fazer o teste do bafômetro e foram encaminhados para o hospital São Lucas, em Vitória, e para um hospital particular, sob escolta policial.
Depois de receberem alta, os dois foram encaminhados para a Delegacia Regional de Vitória. Eles também se recusaram a fazer o teste de alcoolemia no sangue.
O advogado de Ivomar disse que o cliente apagou e não se lembra do acidente. A orientação de não fazer os testes de alcoolemia partiu do profissional.
Ponte Interditada
De acordo com informações da Rodosol, concessionária que administra a Terceira Ponte, a ponte ficou interditada até as 6h30 para a perícia e retirada dos corpos e veículos. As imagens do videomonitoramento da Terceira Ponte, que mostram a batida foram fornecidas para a Polícia Civil.
Investigação
Os carros foram levados para o pátio da Rodosol, onde ainda passam por perícias. A Polícia Civil disse que a ocorrência está em andamento na Delegacia Regional de Vitória. Os envolvidos prestam depoimento.
DML
Os corpos foram levados para o Departamento Médico Legal (DML) de Vitória. Pela manhã, as mães de Kelvin e Brunielli estiveram no local para fazer o reconhecimento das vítimas.
Vilma Gonçalves, mãe de Kelvin, contou que o filho estava em sua casa em Vila Velha e seguia para Serra. “Eu não estava passando bem, ele comprou um remédio e ficou comigo um tempo. A namorada dele estava com cólica e eles decidiram ir embora. Aí veio eles batendo racha e mataram meu filho. Até quando vai morrer alguém assim? Ele era meu filho único, sabia? Eu não espero mais nada. A minha vida acabou”, declara a mãe, que está grávida de seis semanas.