Enquanto elas dedicaram uma média de 22,5 horas semanais a esses afazeres, os homens gastaram 12,7 horas. O dado é do IBGE.
No Espírito Santo, em 2018, as mulheres gastaram, em média, quase 10 horas a mais que os homens com os afazeres domésticos. Enquanto elas dedicaram uma média de 22,5 horas semanais às tarefas domésticas, os homens gastaram 12,7 horas. O dado é de uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
De acordo com a pesquisa, mesmo trabalhando fora, as mulheres cumprem quase oito horas a mais em trabalhos domésticos que os homens que também trabalham.
Divisão de tarefas
Na casa do militar Éden Júnior e da arquiteta Daniella Gomes, o combinado é dividir as tarefas para que ninguém fique sobrecarregado. O casal garante que dá certo.
“Eu trabalho e estudo, ela trabalha e estuda. Se a gente têm a mesma carga de trabalho, não tem porque ela trabalhar mais que eu, então a gente sempre divide os afazeres de casa”, disse Éden.
No caso dos que não trabalham, a diferença é ainda maior, chegando a quase o dobro as horas a mais dedicadas pelas mulheres (13,4 horas para homens e 24,7 horas para as mulheres).
Para a dona de casa Lúcia Scarpini, as tarefas também precisam ser divididas. “Não é porque eu não trabalho fora que eles têm direito de não fazer nada em casa. A mulher trabalha mais que o homem que trabalha fora, é muita responsabilidade. É limpar a casa, lavar roupa, cozinhar, tudo isso”, opinou.
Além disso, as mulheres possuem uma taxa de realização maior que a dos homens em quase todas as atividades listadas, exceto para a atividade “fazer pequenos reparos ou manutenção do domicílio, automóvel, de eletrodomésticos etc.”, cuja taxa, no Espírito Santo, é de 63,3% para homens e 38,9% para mulheres e para a atividade “cuidar da organização do domicílio”, cuja taxa é de 76,6% para homens e 76,1% para mulheres.
As atividades em que as diferenças entre homens e mulheres são maiores são cozinhar (34,0 pontos percentuais) e lavar roupas e calçados (34,5 pontos percentuais) e, em menor medida, a atividade de limpeza do domicílio (9,3 pontos percentuais).
Homens participam mais, mas diferença continua grande
A pesquisa também mostra que a taxa de realização de afazeres para os homens aumentou mais que a taxa para as mulheres (3,4 pontos percentuais entre eles, frente a 1,6 ponto percentual entre elas) entre 2017 e 2018. Mesmo assim, se mantém a discrepância entre os sexos.
Enquanto 80,9% dos homens realizaram afazeres domésticos em 2018, a taxa de realização de afazeres era de 93,5% entre as mulheres, uma diferença de 12,6 pontos percentuais.
Esta diferença já foi de 21,4 pontos percentuais em 2016, caindo para 14,4 pontos percentuais em 2017, o que indica uma tendência de redução nesta diferença.
Quando se observa a taxa de realização de afazeres domésticos por grupos de idade, no Espírito Santo, a realização de afazeres continua maior entre os adultos de 25 e 49 anos (91,7% em 2018). Essa tendência ocorreu tanto para homens quanto para mulheres.
Taxa aumenta com a escolaridade
A análise por nível de instrução mostra que a realização de afazeres domésticos no domicílio cresce com o aumento da escolaridade.
Assim, em 2018, no Espírito Santo, 92,6% das pessoas com ensino superior completo realizaram afazeres, enquanto, entre aquelas sem instrução ou com ensino fundamental incompleto, a taxa de realização de afazeres foi de 84,6%.
FONTE: SITE DE LINHARES