As Nações Unidas recordaram hoje, na sua sede em Nova Iorque, os 21 funcionários da organização mortos no acidente aéreo de domingo, na Etiópia, envolvendo um Boeing 737 MAX 8 da Ethiopian Airlines.
Com as bandeiras a meia haste, o Conselho de Segurança e a Assembleia Geral das Nações Unidas fizeram silêncio em memória das vítimas do acidente, no qual morreram 157 pessoas de 35 nacionalidades.
“Hoje é um dia triste para a nossa organização e para muitos em todo o mundo”, disse o secretário-geral da ONU, António Guterres, durante um discurso no hemiciclo da Assembleia, antes da abertura da sessão anual da Comissão sobre a Condição Feminina.
Guterres indicou que, segundo as informações disponíveis mais recentes, pelo menos 21 funcionários de agências da organização morreram na queda do avião.
“Uma tragédia global que nos tocou de perto e as Nações Unidas estão unidas na sua dor”, sublinhou, expressando condolências às famílias de todas as vítimas e a todos os afetados pelo desastre.
Disse ainda que a ONU está a trabalhar com os funcionários no terreno e a mobilizar assistência e apoio para as famílias.
“Os nossos colegas falecidos eram mulheres e homens, profissionais jovens e funcionários experientes, de todos os cantos do planeta, especialistas num vasto leque de assuntos. Todos tinham em comum o espírito de servir as pessoas e fazer do mundo um melhor lugar para todos”, disse.
Também o Conselho de Segurança, no início de uma reunião sobre o Afeganistão, observou um minuto de silêncio em memória dos falecidos.
Tributos semelhantes foram realizados em outras sedes das Nações Unidas, como Genebra, na Suíça, e Nairobi, no Quénia.
A Etiópia cumpre hoje luto oficial pelas vítimas do acidente, entre as quais figuram 32 quenianos, nove etíopes, 18 canadianos, oito italianos, oito chineses, oito norte-americanos, sete britânicos, sete franceses e dois espanhóis.
O avião da Ethiopian Airlines partiu no domingo de manhã da capital etíope, Adis Abeba, com destino à capital do Quénia, Nairobi, tendo caído poucos minutos depois numa zona chamada Hejeri, perto da cidade de Bishoftu, a cerca de 42 quilómetros a sudeste da capital da Etiópia.
Todos os 157 ocupantes morreram.
As causas do acidente ainda não são conhecidas, mas este é o segundo desastre envolvendo um Boeing 737 MAX em cinco meses. O primeiro ocorreu ao largo da costa da Indonésia, em circunstâncias semelhantes, em 29 de outubro, e resultou também na morte de todos os ocupantes.
Apesar de não serem conhecidas ainda as causas do acidente, a Ethiopian Airlines anunciou ter imobilizado todos os seus Boeing 737 MAX.
Também as autoridades de aviação da China, Mongólia e da Indonésia anunciaram a suspensão de todos os voos com aparelhos Boeing 737 MAX.
Entre as vítimas, de 35 nacionalidades diferentes, encontravam-se pelo menos 21 funcionários das Nações Unidas.
De acordo com a lista oficial, não havia portugueses entre as vítimas do acidente, informação confirmada pelo Governo português, que disse não ter informações que indiquem a existência de vítimas de nacionalidade portuguesa.
fonte:noticia ao minuto