Esquema era realizado por meio de empresas de fachada e fictícias, tendo movimentado mais de R$ 800 milhões. Além de Vitória, Vila Velha, Serra e Cariacica, há alvos em São Paulo, Ceará e Alagoas. No Espírito Santo, três pessoas foram presas.
Uma operação deflagrada na manhã desta terça-feira (15) para desarticular uma organização criminosa com atuação interestadual e internacional cumpriu mandados no Espírito Santo e em outros três estados.
De acordo com as investigações, o grupo agia como uma “prestadora de serviços” de lavagem de dinheiro para outras organizações criminosas e movimentou mais de R$ 800 milhões em um ano e meio.
Em território capixaba, a Operação Piànjú ocorreu de forma simultânea nos municípios de Vitória, Vila Velha, Serra e Cariacica.
Buscas foram feitas em uma marina da capital e em uma loja de veículos de Vila Velha, além de em outros imóveis. Foram apreendidos carros de luxo, motos aquáticas e embarcações. Segundo a Polícia Civil, três pessoas foram presas no Estado.
Os nomes dos detidos não foram informados pela polícia. No entanto, a TV Gazeta conseguiu conversar com dois deles, identificados como Wilson Caoduro e Pablo Sandes, e com os advogados deles. Ambos não quiseram falar sobre o assunto. Os advogados afirmam que irão primeiramente se inteirar sobre o inquérito para depois se manifestar.
De acordo com o titular da Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos, delegado João Paulo Pinto, os empresários detidos eram responsáveis pela organização criminosa investigada, que recebia dinheiro de empresas de outros estados e enviava parte da quantia para o exterior.
“Esse dinheiro era enviado por empresas de São Paulo, envolvidas, inclusive, na operação Lava Jato, para empresas de fachada no Espírito Santo. Dessa empresa de fachada, eram enviados para empresa que existia fisicamente. Essa última empresa fraudava notas fiscais internacionais e operações de câmbio, pagava todos os impostos relativos ao envio desse dinheiro para o exterior e, assim, eles cometiam a fraude. O lucro que tinham com lavagem de dinheiro, usavam para montar essas empresas [ do ramo náutico e veicular]. E a partir daí agiam com se fossem empresários bem-sucedidos”, disse o delegado.
G1ES.