A osteoporose é uma doença que atinge cerca de 10 milhões de pessoas em todo o País, sendo aproximadamente 160 mil delas no Espírito Santo. A doença é caracterizada pela diminuição da massa óssea e, portanto, maior fragilidade dos ossos, que ficam mais sujeitos a fraturas. 20 de outubro é considerado o Dia Mundial de Combate à Osteoporose e a data serve para conscientizar sobre os cuidados que é preciso para prevenir contra a doença, considerada o segundo maior mal a nível mundial, ficando atrás apenas das doenças cardiovasculares.
De acordo com a Federação Nacional e de Associações de Pacientes e de Combate à Osteoporose (Fenapco) são cerca de 2,4 milhões de fraturas devido a osteoporose a cada ano e cerca de 200 mil pessoas morrem anualmente em decorrência delas. A principal causa é a ausência ou déficit de vitamina D nos ossos.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 40% das pessoas acima dos 65 anos apresentam níveis de vitamina D no organismo abaixo do normal.
Outros fatores que aumentam as chances de desenvolvimento da doença são os consumos insuficientes de cálcio, histórico familiar da doença, excesso de peso, pouca exposição ao sol e problemas hormonais. Este último é a principal causa de a doença atingir mais mulheres: uma em cada três mulheres com mais de 50 anos sofrem com a doença, de acordo com a Fundação Internação da Osteoporose (IOF). No mundo todo, são cerca de 200 milhões de mulheres com osteoporose.
A osteoporose primária tipo 1 ou osteoporose pós-menopausa causa fraturas nas vértebras e rádio distal, acometendo mulheres após a menopausa. “As mulheres na menopausa são as mais atingidas pela doença porque há uma queda brusca do nível de estrógeno”, explica o reumatologista Ari Halpern.
Sintomas
O mal é uma “doença silenciosa”, não provocando sintomas, sendo constatada, normalmente, após uma queda ou fratura sofrida pelo paciente, que causam dor e incapacidade. As fraturas acometem principalmente os ossos do quadril, do punho e da coluna.
“Geralmente o diagnóstico da osteoporose é realizado pelo exame de densitometria óssea. Este exame não está indicado como rotina para todo mundo. Ele deve ser feito em mulheres após a menopausa ou em indivíduos com risco de osteoporose secundária”, afirma o reumatologista, esclarecendo que a osteoporose secundária é causada por inflamações com alterações endócrinas, artrite reumatoide e hipertireoidismo, além do consumo em excesso de álcool e ausência de atividade física. “Pode ser o resultado do consumo inadequado de vitaminas e corticoides”, acrescenta.
Alimentação equilibrada e exercícios
Não tem outra saída. Seja contra a osteoporose ou qualquer outro dos principais males que acometem o ser humano, o “segredo” está na boa alimentação e na prática de exercícios. A Fenapco recomenda que sejam feitas atividades físicas regulares, pois ajudam a renovar as células dos ossos, deixando-os mais fortes e menos suscetíveis a fraturas. Uma alimentação equilibrada rica em alimentos com cálcio e vitamina D é essencial para a saúde dos ossos.
Além disso, tomar sol nos horários apropriados (de manhã e no fim de tarde) é recomendado já que o sol é uma das principais fontes de vitamina D do organismo. O Ministério da Saúde recomenda a ingestão diária de 400 ml de cálcio para crianças de até 10 anos; 700 ml para idades entre 11 e 19 anos e 600 ml para adultos acima de 20 anos, inclusive idosos.
Os alimentos ricos em cálcio e que devem fazer parte da dieta são leite e seus derivados (como iogurte e queijo), vegetais de folha verde-escuras, como alface, couve de bruxelas, chicória, repolho e outros; além de ameixa seca e ovo.
Fonte: ES HOJE