Os ovos de Páscoa ficaram 10,22% mais caros em 2019, em comparação a 2018, segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE). A alta foi puxada, principalmente, pelos ovos com até 100g, que registraram aumento de mais de R$ 10 reais (40,52%).
Na categoria bombons e chocolates, que incluem barras, por exemplo, houve aumento médio de 5,24% nos últimos 12 meses (entre maio de 2018 e abril de 2019), segundo o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-10). Porém, na comparação de abril com março deste ano, os preços desse grupo registraram queda de 3,61%.
Segundo Igor Lino, pesquisador do FGV IBRE, enquanto os ovos de até 100g têm um preço médio de R$ 36, as barras de mesma gramatura têm um preço seis vezes menor.
— Geralmente, os ovos de menor gramatura são aqueles que possuem os brindes e brinquedos, que é o que mais atrai as crianças. Para quem costuma consumir esse tamanho de ovo, e não quiser pagar mais caro este ano, uma opção é comprar barras e bombons, que ficaram mais baratos — analisou
O consultor de varejo Marco Quintarelli afirma que a alta nos preços dos ovos, associada a uma mudança no comportamento dos consumidores, fez com que o mercado tenha reduzido os estoques desses produtos:
— O consumidor está mais atento à relação entre custo e benefício, e percebeu que com o valor gasto em um ovo de chocolate, é possível pagar um almoço com a família na Páscoa, por exemplo. Por isso, o foco acaba sendo em caixas de bombons e barras, que são bem mais baratas. Houve uma redução entre 15% e 20% do volume dos ovos de Páscoa no mercado em relação aos anos anteriores. Eles são caros porque têm um formato diferente, precisam de outro tipo de armazenagem, quebram com facilidade, precisam de uma climatização diferente. Tudo isso onera o custo final do produto.
Atenção na hora da compra
Soraia Panella, coordenadora de atendimento do Procon-RJ, aconselha que o consumidor verifique o estado de todos os produtos antes de comprar, para evitar aborrecimentos depois. É importante, por exemplo, verificar se o chocolate está quebrado ou derretido, e se o peso corresponde ao valor descrito na embalagem.
— A embalagem danificada pode significar uma conservação ruim ou indicar que um roedor esteve em contato com aquele produto. O ideal é que o comprador tome todas as precauções antes da compra. No entanto, se ao chegar em casa identificar que o produto está com um cheiro estranho ou aparência ruim, tem direito a fazer a troca. Mas é importante guardar a nota fiscal para comprovar a compra, já que muitas lojas vendem os mesmos produtos — alerta.
Vale lembrar que, no caso das lojas físicas, não é obrigatória a troca dos produtos que estão em bom estado, ao contrário do que ocorre nas lojas virtuais.
— Nas lojas online, o cliente tem até sete dias para efetuar a troca, mesmo em caso de compra de produtos alimentícios. Mas nas lojas físicas é diferente. Não há obrigação de realizar a troca, a não ser que haja algum comprometimento da qualidade do produto. A maioria das lojas permite que o comprador troque os produtos por uma questão de fidelização do cliente, mas não é obrigatório — explica.
Fonte: Extra