Pais de alunos de jardins de infância da rede pública do Distrito Federal reclamam que turmas com professoras grávidas estão sem a chance de ter aulas presenciais. Por causa do risco oferecido pela pandemia da Covid-19, as educadoras gestantes permanecem em casa e dão aulas de forma remota — o retorno de gestantes à modalidade presencial durante a crise sanitária está proibido pelo Decreto Distrital n° 42.253/2021..
Um desses casos acontece no Jardim de Infância Casa de Vivência, em Planaltina, onde pais reivindicam a volta dos estudantes do turno matutino ao ensino presencial.
Desde o retorno dos alunos de educação infantil das escolas públicas, em 5 de agosto, o filho de 5 anos da pedagoga e jornalista Tayana Oliveira Duarte, 33, segue estudando de forma on-line.
“Alguns alunos do maternal estão tendo seu direito de acesso à socialização vedado pelo fato de estarem lotados em turmas de professora gestante”, reclama Tayana. “Nós estamos nos organizando para reivindicar esse direito. Muitos alunos nem estão mais assistindo à aula porque não aguentam mais. Achamos essa situação absurda”.
A pedagoga argumenta que a socialização é fundamental para crianças da educação infantil e ressalta que o aprendizado não é o mesmo de forma remota.
“Alguns pais estão sem esperança. Há muito tempo, sem aula presencial, sem resposta. Não fazemos nem on-line mais. A professora segue postando diariamente as atividades na plataforma para quem se dispõe a fazer. Enquanto isso, tentamos reivindicar o direito”, reforça a pedagoga.
Apesar da previsão de volta às aulas, a Regional de Ensino de Planaltina informou às direções que professoras grávidas não podem ser substituídas, conforme lei distrital. E que, portanto, as crianças também permaneceriam no ensino remoto, da mesma forma como foi o primeiro semestre.
Em nota, a Secretaria de Educação informou que estuda meios de colocar professoras temporárias para assumirem as turmas durante os períodos de gestação “e não apenas a partir da licença-maternidade, conforme preveem as atuais regras”.
Fonte: Metrópoles