Polícia prendeu em SP uma quadrilha que falsificava diplomas e vendia por até 100 mil,diz, delegado.
O segundo andar de um sobrado identificado como escritório de advocacia e contabilidade no Itaim Paulista, em São Paulo, escondia um esquema de venda de diplomas que envolvia ao menos oito faculdades particulares de cinco estados brasileiros.
Uma quadrilha de 11 pessoas foi presa, nesta quarta-feira (28), em São Miguel Paulista, na zona Leste da cidade de São Paulo, por vender diplomas falsos de faculdades do Brasil e até do exterior. Segundo a Polícia, os documentos eram vendidos por até R$ 97 mil.
Segundo a policia a quadrilha entrava em contato com as instituições de ensino de vários estados e do exterior para oferecer diplomas de nível superior, pós-graduação e cursos semipresenciais sem a autorização do Ministério da Educação (MEC).
Os preços variavam conforme o curso: um diploma de direito era vendido por R$ 35 mil; o de medicina veterinária, R$ 70 mil e o de medicina era negociado por R$ 97 mil.
De acordo com a Polícia, a quadrilha usava como sede um prédio da Zona Leste da capital. Além dele, os criminosos tinham outros dois imóveis que eram usados como gráfica e call center.
O responsável pela empresa é José Caitano Neto, dono do Grupo Digamma Educacional, que aparece nos documentos falsos. Ele é pastor e foi preso junto com os outros dez integrantes.
O Delegado Moisés Leite Tavares afirma que os presos serão responsabilizados por associação criminosa, organização criminosa, crimes contra as relações de consumo e falsificação.
De acordo com a Polícia, a quadrilha também vendia diplomas para faculdades, além de diretamente para estudantes. Nesta quinta-feira (29), os 11 presos devem passar por uma audiência de custódia. O Ministério da Educação (MEC) não comentou o caso.