A Polícia Federal, por meio da Delegacia de Polícia Federal em Cachoeiro de Itapemirim, deflagrou na manhã de hoje (6), em Rio Novo do Sul, a Operação Barbárie, com objetivo de investigar suspeita de produção de material pornográfico envolvendo crianças e adolescentes e sua posterior divulgação da deep web.
Foi cumprido um mandado de busca, que resultou na apreensão de mídias e equipamentos como discos rígidos, celulares e pen drives, cujo conteúdo será extraído e submetido a análise. A PF não detalhou em que local foi cumprido o mandado.
Entenda o caso
A investigação em curso teve início após a detecção, em computadores de pedófilo residente na Europa e também em fóruns da deep web, de fotografias cujo cenário mostrava que haviam sido produzidas na região Sul do Espírito Santo. Também a partir do cenário existente nas fotos, a Polícia Federal conseguiu localizar a região específica da cidade onde as imagens haviam sido produzidas, e assim chegar à vítima, com consequente identificação do suspeito.
A diligência realizada nesta terça-feira visa a esclarecer se há outras vítimas, bem como identificar eventual produção/compartilhamento de material pornográfico envolvendo crianças ou adolescentes.
Deep web
É o nome que se dá à camada da internet que não pode ser acessada através de mecanismos de busca, como o Google ou o próprio navegador que você usa, pelo menos não sem usar algumas ferramentas.
Na deep web nada é indexado, ou seja, você não consegue simplesmente digitar um endereço “ponto com” e encontrar o que quer. É como se esta parte “escondida” da internet não existisse para os navegadores comuns. Por isso se usa a imagem de um inceberg para representá-la.
Nome da Operação
O nome da operação (BARBÁRIE) é uma alusão à particular crueldade que envolve a produção deste tipo de material.
Crimes investigados
Os crimes investigados são os de produção, venda, troca, divulgação e posse de material contendo cenas pornográficas envolvendo criança ou adolescente, crimes estes previstos nos arts. 240, 241, 241-A e 241-B do Estatuto da Criança e do Adolescente, com penas que podem chegar (para cada crime) a oito anos de reclusão.
Fonte: Aqui Notícias