A Promotoria de Justiça da Infância e Juventude de São Mateus ingressou com uma Ação Civil Pública (ACP) contra o pré-candidato Pedro Teodoro dos Santo, que teve acesso, de forma ilegal, a detalhes do caso de uma criança vítima de estupro, cuja família optou por realizar a interrupção da gravidez decorrente dos atos de violência sexual, que corre em segredo de justiça no município do norte capixaba.
Segundo o Ministério Público do Espírito Santo (MPES), Pedro Teodoro, que se intitula “político” na cidade, foi um dos participantes da manifestação em frente à casa da família da vítima no dia 15 de agosto. Ele, inclusive, invadiu a residência e, uma vez dentro da casa, promoveu o que se pode chamar de “terror psicológico” sobre a responsável pela criança de 10 anos, no intuito de fazer com que ela mudasse a decisão quanto à interrupção da gestação da vítima.
No dia 16 de agosto, ao saber que o procedimento médico seria realizado em outro Estado, ele divulgou o nome da vítima nas redes sociais, seguido dos dizeres: “Todos a favor da vida me ajudem a levantar a # acima! Não se paga um mal, cometendo outro maior ainda!”.
A Ação Civil Pública busca obter provimento jurisdicional para condenar o requerido ao pagamento de compensação pelo dano moral coletivo decorrente da conduta ilícita. O MPES registrou o valor de R$ 300 mil à causa.
O MPES ressaltou que “a conduta adotada por Pedro Teodoro está incluída em uma estratégia midiática de viés político-sensacionalista iniciada pela que se porta como líder do grupo fundamentalista, a radical Sara Giromini. O “político”, em depoimento à polícia, admitiu que seguiu os ditames da extremista, expondo sobremaneira a triste condição da criança de 10 anos de idade, grávida de um familiar, por quem era cotidianamente estuprada há cerca de quatro anos”.
Fonte: Aqui Notícias