O presidente do Líbano afirmou, nesta sexta-feira (07), sem apresentar evidências, que o ataque de uma bomba ou de um míssil pode ter causado a megaexplosão na região portuária de Beirute, na última terça-feira (04).
Foi a primeira vez que Michel Aoun levantou a hipótese, publicamente, de interferências externas na tragédia. Anteriormente, o líder libanês já havia admitido problemas na manutenção do nitrato de amônio, substância que era armazena no porto e que pode ter provocado a explosão.
O líder do Hezbollah, grupo militar Xiita que atua na política libanesa, negou qualquer envolvimento no incidente, que deixou mais de 157 mortos, cerca de 5 mil feridos e 300 mil desabrigados.
Muitos libaneses veem essa mudança de postura como uma tentativa de tirar o foco dos erros do Governo no armazenamento do material. O capitão do navio que levava o nitrato de amônio conta que o primeiro erro foi cometido pelo dono da embarcação, que não pagou as taxas portuárias, mas que as autoridades sabiam que a carga era perigosa.
“Teria sido melhor se eles tivessem pago o dono do navio para tirar a carga de lá. Em vez disso, eles só apreenderam a embarcação”, relata o russo Boris Prokoshev. A tripulação de russos e ucranianos ficou 11 meses sem poder desembarcar.
Enquanto isso, diversos países, entre eles o Brasil, continuam enviando ajuda humanitária para dar suporte à população afetada. Franceses também auxiliam nos resgates em meio aos escombros. As buscas por sobreviventes continua.
Fonte: SBT