Os rodoviários encerraram a greve, deflagrada na manhã de segunda-feira (12), na Grande Vitória. A decisão foi tomada em assembleia realizada na Praça 8, no Centro de Vitoria, por volta das 17h40 desta terça-feira (13). Com o fim da paralisação, a multa aplicada ao sindicato é perdoada, e as frotas voltam as ruas imediatamente.
Os rodoviários decidiram pelo fim da paralisação, após a direção do sindicato apresentar propostas feitas pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT-ES) e o Ministério Público do Espirito Santo, também na tarde desta terça, em audiência de conciliação.
A audiência, que durou cerca de 4 horas, levou as seguintes propostas à assembleia:
1. Cobradores atuarão por 60 dias como auxiliares de bilhetagem. Com vistas a salvaguardar o cidadão que tiver dúvidas, bem como assistir aqueles que são idosos e deficientes, para aprimorar o novo sistema.
2. Serão oportunizados 3 cursos de requalificação para aproveitar o cobradores dentro de atividades do próprio sistema. Para o ex-cobrador que desejar ser motorista, o curso será fornecido até que eles atinja o nível profissional. Por outro lado, para aqueles que quiserem exercer outras funções, serão necessariamente ofertados os cursos de mecânico, eletricista, auxiliar administrativo, dentre outros que as partes julgarem adequadas. Sendo que, terão garantia de emprego de 20 meses a partir do momento da requalificação.
3. Representantes do Governo do Estado, dos rodoviários e dos empregadores mantem o aceite quanto a existência de comissão tripartite.
4. Reconhecida a garantia provisória de emprego até 31 de dezembro de 2022, mandato do atual governo, de 1100 funções de cobradores, ordenado da seguinte maneira:
– 200 cobradores em 2019;
– 300 cobradores em 2020;
– 300 cobradores em 2021;
– 300 cobradores em 2022;
O sindicato patronal assume o compromisso de durante o curso de qualificação não utilizar o trabalhador na função de cobrador. Ou seja, compromete-se a coloca-lo a exercer outras funções dentro do sistema, apropriadas a sua nova qualificação.
5. Os cobradores que não tiverem interessados tem prazo de 60 dias pra eles adotarem o Plano de Demissão Voluntária (PDV). Ou seja, as empresas terão que oferecer um PDV em 60 dias.
Com maioria dos votos, os rodoviários optaram pelo fim da greve. O presidente do sindicato, José Carlos Sales, destacou que defende a medida, mesmo que ela não seja a ideal. “Temos que nos orgulhar da oportunidade de ter um Ministério do Trabalho aberto ao diálogo. Eu, que já fui cobrador, sei das dificuldades mas defendo esse acordo, mesmo que ele não seja o ideal”, disse.
Fonte: ES HOJE