O amigo, que conhecia Samira há cerca de três meses, contou que acordou cedo na manhã de sábado e, como de costume, pegou seu celular para olhar as mensagens.
“Fui surpreendido com a frase dela. Logo em seguida mandei mensagem perguntando se estava tudo bem. Ela não respondeu, mas vi que ela estava on-line, então não me preocupei”, disse o amigo, acreditando que a advogada estivesse viva.
Mas por volta das 9h40, ele recebeu uma ligação de uma amiga em comum com Samira, que lhe deu a notícia de sua morte.
“Foi um susto. Jamais imaginava isso. Ela tinha me enviado mensagem mais cedo. Eu tinha visto ela na sexta-feira e ela estava muito feliz. Não sei o que aconteceu”.
O amigo completou: “Sei que a relação que ela tinha com o namorado era conturbada e eles batiam boca de vez em quando, por questões de ciúme, mas ela gostava muito dele”, disse.
Ainda segundo o amigo, Samira, que atuava na área cível do Direito, não tinha inimigos e fazia muitos planos para sua vida.
“Fica muito difícil entender o que aconteceu. Ela tinha me dito que estava cheia de planos para a vida”, disse o amigo.
A Polícia Civil informou, por meio de nota, que o caso segue sob investigação da Delegacia Especializada de Homicídio e Proteção à Mulher (DHPM).
Força-tarefa para apurar mortes
A Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) anunciou na noite de ontem, durante uma reunião com a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-ES) Seccional Espírito Santo, a criação de uma força-tarefa para apurar a morte do advogado Emerson Vieira, de 42 anos, morto com seis tiros durante um assalto no sábado, no bairro Jardim Marilândia, em Vila Velha.
A força-tarefa será composta por policiais do Departamento Especializado de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) e do Departamento Especializado de Investigações Criminais (Deic).
O presidente da OAB-ES, Homero Mafra, pediu celeridade não só no desfecho do caso de Emerson, como também no da advogada Samira Zani, morta ao cair do 9º andar de um prédio na Serra, no sábado.
“No caso de Emerson, a polícia trabalha com a linha de investigação de latrocínio e homicídio. Já no caso de Samira, o de suicídio. Entretanto, nesse último caso, algumas hipóteses estão sendo levantadas. O que tenho a dizer é que sentimos uma imensa dor pelas perdas”, disse Mafra.
Tribuna Online