O senador e ex-governador da Paraíba, José Maranhão (MDB), morreu na noite de segunda-feira (8), no Hospital Vila Nova Star, em São Paulo (SP), vítima de complicações da Covid-19. Maranhão era o senador mais velho da atual legislatura e estava internado desde o dia 29 de novembro do ano passado, quando passou mal após votar no segundo turno das eleições municipais.
Ao longo da internação, o senador teve diversas alterações em seu quadro clínico, com diversas intubações. Nos últimos dias, o quadro de saúde do senador piorou e ele acabou falecendo às 21h15 de segunda. Segundo a assessoria do parlamentar, o corpo dele vai ser trasladado para a Paraíba, para ser velado e sepultado em sua terra natal, Araruna.r que vinham acompanhando o caso
José Targino Maranhão em 6 de setembro de 1933, filho de Benjamim Gomes Maranhão, ex-prefeito de Araruna, e de Benedita Targino Maranhão (Dona Yayá). Começou a carreira política ainda jovem, com 22 anos, quando, em 1955, assumiu pela primeira vez o cargo de deputado estadual da Paraíba pelo PTB. Ocupou o posto por quatro mandatos consecutivos e saiu em 1969.
Maranhão retornou para a vida política em 1982, quando foi eleito deputado federal, reeleito em 1986 e em 1990. Foi deputado constituinte e ajudou a criar a Constituição Federal de 1988. Se elegeu vice-governador da Paraíba em 1994 na chapa de Antônio Mariz e assumiu o cargo de governador em setembro de 1995 com a morte do então gestor.
Em 1998, Maranhão se candidatou dessa vez para o cargo de governador e foi reeleito com mais de 80% dos votos válidos. Em 2002, foi eleito senador e tentou ser governador novamente em 2006, mas perdeu a disputa para Cássio Cunha Lima (PSDB). A chapa de Cássio, no entanto, foi cassada em 2009 e Maranhão assumiu o cargo de governador.
Em 2014, foi eleito senador e se licenciou para tentar o cargo de governador, em 2018, mas ficou em terceiro lugar. Voltou para o cargo de senador e tinha mandato até 2022. Por causa do tratamento para Covid-19, precisou se licenciar em janeiro deste ano e foi substituído pela suplente Nilda Gondim, que agora assume o cargo em definitivo.
Além da política, Maranhão também era piloto de avião particular e frequentemente pilotava o próprio voo em suas viagens. Além da política, atuava também como empresário e pecuarista. Deixou a esposa, a desembargadora Maria de Fátima Bezerra, três filhos e dois netos.