Três pessoas foram presas preventivamente numa operação da Polícia Federal, na manhã desta quinta-feira (8), para combater o câmbio ilegal de moedas estrangeiras no Espírito Santo.
Na ação desta quinta, foi contabilizada, até o momento, a apreensão de 65 mil dólares, 32 mil euros e 250 mil reais em casas de câmbio.
Foi expedido um quarto mandado de prisão preventiva, mas ainda não foi cumprido, já que a suspeita ainda está foragida.
Durante as investigações, foram apreendidos aproximadamente US$ 200 mil negociados no mercado paralelo, que estavam sendo transportados sem documentação comprovando a origem do dinheiro.
Foram cumpridos outros 19 mandados de busca e apreensão em Vitória, Vila Velha, Serra, na Grande Vitória, e Nova Venécia, no Noroeste do estado. Além disso, três casas de câmbio tiveram as atividades suspensas.
O dinheiro apreendido em moeda estrangeira vai ser direcionado para o Banco Central, enquanto o dinheiro em moeda nacional vai para o Banco do Brasil.
Entenda o caso
As investigações foram iniciadas depois que a polícia recebeu a informação de atuação de uma agência de turismo de Vila Velha no mercado de compra e venda de moeda estrangeira, sem a autorização necessária do Banco Central.
Com o avanço das investigações foi identificado que o fornecedor de moeda estrangeira da agência de turismo era o proprietário de uma correspondente em operações de câmbio em Vitória.
A estimativa da PF-ES é de que, apenas em 2016, a agência de turismo recebeu cerca de R$ 9 milhões de clientes interessados em comprar dólares e euros.
Os clientes chegavam para comprar pacotes de turismo, os dados deles eram lastreados e eles saíam como se tivessem adquirido dólares e euros sem, de fato, ter levado nada.
Apesar de possuir autorização do Banco Central para operar na compra e venda de moeda estrangeira, a casa de câmbio fornecia dólares e euros para a agência de turismo de forma ilegal, no mercado paralelo ou usando dados falsos para registrar as operações.
Outra irregularidade observada era o fracionamento de operações de câmbio para burlar o limite para venda de moeda estrangeira sem necessidade de comprovação de renda.
Mais uma correspondente em operações de câmbio com autorização de funcionamento do Banco Central foi identificada atuando na compra e venda de moeda em espécie no mercado paralelo, sem registro das transações no Banco Central, também promovendo transferências internacionais por meio de operações de dólar-cabo.
Foram identificadas ainda outras duas empresas que atuavam de forma clandestina no mercado de moeda estrangeira, sem autorização do Banco Central. No caso dessas empresas, todas as operações de câmbio eram ilegais.
Informações Site Barra