Um vendedora que atua em uma loja de móveis e eletrodomésticos de Guarapari relatou, em suas redes sociais, que teria escapado de um estupro coletivo, na orla da Praia do Morro. A declaração causou pânico entre moradores da cidade.
Muitas pessoas compartilharam as fotos e os vídeos publicados por ela. Nos vídeos, a jovem dizia: “Só levei uma surra mesmo, e levaram minhas coisas. Mas estão agindo em grupo. Fui arrastada até a parte de trás do hotel por dois homens e, lá, tinha mais sete. Eu estou bem, só estou ferida. Levei uma surra de nove homens, isso é muito humilhante. Podia ter acontecido o pior, mas está tudo bem”.
A suposta agressão relatada pela vendedora teria acontecido na noite de domingo (30). A cabo da Polícia Militar que atendeu a ocorrência estranhou o relato da jovem e, por um aplicativo de mensagens, questionou as informações que ela havia postado nas redes sociais.
“Em momento nenhum (quando a jovem foi atendida pela polícia) ela estava chorando, em momento nenhum ela estava nervosa. Ela não relatou à guarnição que ela foi espancada e que tentaram estuprá-la. Acho muito difícil ter acontecido esse tanto de coisas com uma pessoa e, quando a polícia chegar, ela não relatar nada. Se ela tivesse relatado, eu a teria levado à delegacia, à UPA (Unidade de Pronto Atendimento), para fazer exames de lesão corporal”, declarou a policial, que não será identificada.
A viatura passava pela orla e parou para atender a jovem. Na ocorrência, consta apenas que, no momento em que passeava com seu cachorro no calçadão, dois indivíduos – um de pele morena, trajando camisa de preta com manga curta e bermuda e outro trajando camisa cinza e boné – roubaram o celular da vendedora.
A Tenente Clícia, responsável pela 1ª CIA do 10º Batalhão da PM, afirmou que a situação do tentativa de estupro coletivo não foi passada à policial, e que a jovem pediu desculpas pelas publicações. “Isso é muito sério. Se realmente aconteceu, ela deveria ter falado para a guarnição, que tomaria as medidas cabíveis. O assunto causa medo a população. Não temos casos de estupro registrado nos últimos dois meses”.
A polícia também informou que nenhuma queixa de tentativa de estupro foi registrada na Delegacia da Mulher do município até a tarde desta segunda-feira (1º).
Fonte: Tribuna