Convivência e rotina são coisas diferentes, separadas pela estreita linha chamada comodismo.
Dia após dia, você vai se acostumando com a presença dela, talvez se torne natural estar perto, e até aquele frio na barriga não esteja mais lá depois de algum tempo.
É um efeito natural da convivência. Você se habitua a ter aquela companhia e já a conhece tão bem, que suas atitudes ou jeito de ser e agir não lhe trazem nenhuma surpresa, a ponto de reparar e refletir, porque isso é convivência.
Você não sente falta do que você tem, não repara no que já decorou, não dedica atenção para conhecer o que já aprendeu e, infelizmente, Às vezes não demonstra amor ao que já conquistou, mas isso é natural, isso é efeito da conivência.
Porém, existem aqueles momentos, quando você está na frente do portão prestes a sair e ela ainda não apareceu na porta; no ponto de ônibus aguardando-a descer para irem para casa, ou naquela loja de sapatos esperando que ela escolha ao menos um daqueles quinze pares que já provou; ou depois do trabalho quando marcarem de se encontrar no shopping para tomar um sorvete ou ver um filme, no momento em que ela surgir, você vai admirá-la, e vai entender por que é tão natural estar ao seu lado, vai achá-la ainda mais linda e o cenário à sua volta ficará embaçado, apenas ela vai se destacar…
Pode ser que às vezes você se perca nos traços tão perfeitos do seu rosto e a própria voz dela passe despercebida, mas esse é apenas um sinal de que ela é a pessoa certa, não que você fez a escolha certa, mas que ela lhe deu a honra de ser escolhida por você.
“Cara” quando você passar por tudo isso, quando você sentir tudo isso, segure na mão dela bem forte e nunca mais solte.
A convivência propicia essa sensação, mesmo em meio a tanto conhecimento um do outro, você ainda é capaz de amar e se sentir o mais sortudo do mundo!